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VÍDEO: Flagra em show do Coldplay expõe CEO bilionário e diretora de RH: vídeo viral levanta debate sobre ética e privacidade no ambiente corporativo

Advogado alerta que empresas devem agir com cautela para não invadir a vida íntima dos funcionários


VÍDEO: Flagra em show do Coldplay expõe CEO bilionário e diretora de RH: vídeo viral levanta debate sobre ética e privacidade no ambiente corporativo

Um vídeo inusitado durante um show do Coldplay em Boston, nos Estados Unidos, viralizou nesta quinta-feira (17) e pode ter consequências sérias no mundo corporativo. A famosa “kiss cam” (câmera do beijo) flagrou um casal abraçado na plateia, que rapidamente se afastou ao perceber que estava sendo filmado. O momento chamou atenção não só pelo constrangimento ao vivo, mas por envolver dois executivos da mesma empresa.

O homem seria Andy Byron, CEO da bilionária empresa de tecnologia Astronomer, e a mulher, Kristin Cabot, diretora de Recursos Humanos da companhia. O caso gerou alvoroço nas redes sociais após internautas identificarem os dois e compartilharem o vídeo amplamente.

Pouco depois da exposição, Megan Kerrigan, esposa de Byron, removeu o sobrenome do marido de seus perfis nas redes sociais. Já a conta oficial da Astronomer no X (antigo Twitter) desativou os comentários diante da enxurrada de mensagens relacionadas ao flagra.

Questão trabalhista ou vida privada?

O caso reacendeu debates sobre relacionamentos no ambiente corporativo e os limites da atuação das empresas sobre a vida íntima de seus funcionários. Para o advogado trabalhista Ronaldo Ferreira Tolentino, ainda que o episódio envolva um possível caso extraconjugal, é improvável que haja demissão por justa causa, como alguns internautas sugeriram.


“Relações extraconjugais podem até ser enquadradas como ‘incontinência de conduta’, mas a jurisprudência não costuma aceitar esse tipo de argumento como motivo para justa causa”, explica Tolentino.


Segundo o especialista, a empresa pode tomar medidas administrativas com base em seu código de ética, especialmente se os envolvidos têm relação hierárquica ou atuam no mesmo setor. Normas internas podem, por exemplo, proibir contato íntimo no ambiente de trabalho ou exigir que relacionamentos sejam comunicados ao RH.

No entanto, ele alerta para os riscos de extrapolar esse controle:


“Regulamentar comportamentos fora do ambiente empresarial, ainda que seja entre dois funcionários, pode ser considerado invasão de privacidade”, afirma.


Limites legais

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não proíbe relacionamentos afetivos entre colegas de trabalho, e a Constituição Federal garante a inviolabilidade da vida privada e da intimidade. Assim, restringir namoros ou interferir na vida amorosa de empregados fora do expediente pode ser considerado um abuso.

Ainda assim, casos em que a exposição pública afeta diretamente a imagem institucional da empresa podem abrir brechas para medidas internas — mas sempre com cautela e respaldo jurídico.







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