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Lucas do Rio Verde,17/05/2025

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"Sem chão", diz mãe no julgamento de pai acusado de matar quatro filhos

David da Silva Lemos é acusado de assassinar os filhos, de 3 a 11 anos, por não aceitar o fim do relacionamento com a ex-companheira


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No primeiro dia de julgamento de David da Silva Lemos, acusado de matar os próprios filhos em Alvorada (RS), a mãe das crianças, Thays da Silva Antunes, emocionou o júri ao relatar a dor da perda. “Sem chão”, foi como descreveu o sentimento ao saber da morte dos quatro filhos, de 3 a 11 anos, ocorrida em dezembro de 2022.

As vítimas são Yasmin, 11 anos; Donavan, 8; Giovanna, 6; e Kimberlly, 3. Três foram assassinadas com facadas enquanto dormiam, e a mais nova morreu por asfixia, segundo laudos da perícia. O crime aconteceu na casa do acusado, que estava com a guarda provisória das crianças no fim de semana.

De acordo com o Ministério Público (MP), o crime foi motivado por ciúmes e pelo inconformismo com o fim do relacionamento com Thays, que durou 11 anos. “Ele matou as crianças como instrumento de sofrimento para a mãe”, declarou o promotor Marcelo Tubino, ressaltando que os homicídios foram cometidos com extrema crueldade e por motivo torpe.

No segundo dia de julgamento, o réu permaneceu em silêncio durante o interrogatório. A previsão é de que o júri dure três dias, sob comando do juiz Marcos Henrique Reichelt, da 1ª Vara Criminal de Alvorada. O Conselho de Sentença é composto por quatro mulheres e três homens.

Além da mãe, foram ouvidas outras testemunhas, incluindo o delegado responsável pelo caso, policiais civis e militares, além dos avós das crianças. O delegado Augusto Zenon relatou que, ao ser preso, David confessou o crime e afirmou que havia dado calmantes aos filhos antes de matá-los. Segundo ele, as mortes ocorreram no momento em que as crianças estavam sendo colocadas para dormir.

O acusado foi preso um dia após o crime, em um hotel de Porto Alegre. Desde então, está detido preventivamente. Durante o depoimento da avó materna à TV local, ela contou que David já havia agredido Thays anteriormente e que o crime foi um ato de vingança.

O julgamento continua nesta semana, com a oitiva de novas testemunhas e a apresentação dos argumentos finais. O caso gerou grande comoção no estado e expôs, mais uma vez, os riscos da violência doméstica e familiar contra mulheres e crianças.





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